
Dia 1 - aventura Off Road
O dia começou com a partida do Hotel Os Templários, rumo ao quartel de Santa Margarida, para dar inicio á nossa grande aventura.
Na subida para o quartel, tivemos de fazer uma pequena paragem no desdenrasca, para desenrascar uma calças para o Johnny, porque este não vinha a condizr, e não estavamos todos “pipis”. Depois do Johnny devidademente equipado, seguimos para a porta de armas do quartel. Paramos para ir falar com os P.M.s, para nos deixarem passar pela grande recta, começar com a nossa aventura pelos montes alentejanos.
Depois de negada a passagem, e nos deixarem um lugar em branco no espaço destinado para o quartel no nosso album de viagem, demos a volta á situação, contornando o quartel. Pior para eles, que perderam a hipotese de ver os 4Adventure em acção, ou então foi melhor assim, não fosse a mota do Pedro ou do Johnny mandar um rater e eles pensarem que estavam em guerra.
Entramos na terra, e começamos a desbrabar terreno pelas lesirias ribatejanas, mas talvez fosse um erro ter-mos começado numa faze tão inicial da viagem. Diga-se de passagem, subir montes e vales com motas super carregadas, não era propriamente pêra doce, mas mesmo assim, ainda aguenta-mos umas corajosas 4 horas, até começar a sentir as maselas.
Estavamos receosos de cair, mas tudo correu bem durante as primeiras goras, até o Pedro R. abrir as hostilidades. Apartir de ai, foi um fartote de tombos, quedas, reboques e enrabadelas.
Passo a explicar: tombos e quedas era o prato principal, acompanhados de um ligeiro reboque ocasional e salpicada com uma colisão da BMW do José e a YAMAHA do Pedro L. Danos ocorridos na última hora de viagem: um selector de mudança empenado, duas direcções desalinhadas, dois piscas partidos, uma viseira sem apoios, protector de mãos partido, carnagens riscadas e partidas, mas felizmente contamos com apio de Antero e Filhos para suavisar estas maselas, já para não falar das nodas negras cortes e arranhõesédia passou a uns dráticos
Tinhamos feito até então uma media de 60km/h, mas na última hora essa nossa média passou a uns dráticos 5km/h. È que o tempo que se perdia entre motas atoladas, motas no chão, motas rebocadas e a pausa necessária para refrescar,digamos que a última hora de viagem, foi a que mais nos derriou.
O terreno era extremamente acidentado, mas por incrivel que pareca é preferivel cair neste terreno pois é sempre mais suave do que seria em estrada.
Por uma questão de timing, e para cumprir calendario (e convenha-mos que o cançasso já dava ares da sua graça), decidimos então deixar a terra, e enveredar pela estrada para tentar chegar ao Algarve ainda no final do dia, quando nos deparamos com uma situação bizarra. Tinhamos andado a ultima meia hora e diga-se, a mais dificil, a lutar contra o terreno quando constatamos que tinhamos andado às vostas, pois acabamos por passar num mesmo local duas vezes.
Tal feito merece o louvor do fervoroso empenho de um dos nossos navegadores de serviço (Jonhy), que por questões de saúde (preguicite aguda) dos 180 pontos tirados para a navegação do percurso off-road apenas se dignou a passar 18 para o GPS.
Paramos para reabastecer energias e encontramos um café com duas “moçoilas” no mínimo caricatas. Menos mal, sempre nos ofereceram a ronda de gelados. Foram esses e as águas transportadas pelo José numa arca concebido para trabalhar pelo isqueiro que nos safaram naquela tosta de dia.
Fizemos o resto do percurso pelas estradas do interior e o que perdemos em velocidade das AE ganhamos pelas paisagens e curvas fantásticas que fomos presenteados.
Lá chegamos ao inicio da noite a Vila Real de Santo António e embora conseguissemos um hotel, quase não conseguimos arranjar local para comer. Porra pah, ainda nem eram 23h. Vimos nós do Norte habituados a comer a qualquer hora e esta terra de turistas, não tem cozinhas abertas depois das 22h. Ficamos incrédulos.
Devia ser dos tombos, mas aqueles que menos provaram a terra de perto, estavam ainda cheios de pica para sair à noite. Azar o deles que estavam em minoria e não conseguiram arrastar os outros, que quase nem tinham forlas para levantar os garfo para comer os bifes feitos com tanta contrariedade pela cozinheira de serviço.
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